À medida que a população mundial se expande agrega-se o desenvolvimento de novas tecnologias. Dentre os principais produtos amplamente produzidos na sociedade moderna, destacam-se os químicos , como os praguicidas, fármacos, produtos de higiene pessoal, corantes, etc. Entretanto, a produção excessiva destas substâncias possui consequências principalmente em relação aos resíduos que são gerados e seu descarte inadequado na natureza.
Avaliação toxicológica dessas substâncias, que são classificadas como contaminantes emergentes, utilizando o organismo-modelo zebrafish foi tema da palestra do TOXICAM ministrada no dia 11/09/2019 pela doutoranda Bianca Sales em Campos do Jordão/SP, que participou como palestrante na Fesbe subistituindo sua orientadora, Profa. Dra. Lilian Cristina Pereira.
O zebrafish é um pequeno peixe com aproximadamente 4 centímetros, caracterizado como modelo experimental alternativo e incluído dentro do conceito de 3R’s (reduce, refine, replace) para testes de toxicidade. Com o modelo é possível avaliar os efeitos de compostos numa gama de níveis biológicos, de enzimas a órgãos sensoriais e parâmetros comportamentais em qualquer estágio de seu desenvolvimento. Além dessas vantagens, o zebrafish destaca-se também por possuir rápida capacidade de reprodução, manipulação acessível, ser um modelo animal experimental relativamente barato e ter características genéticas semelhantes aos de seres humanos (com 71% de similaridade de genes), que facilita a extrapolação dos resultados obtidos com o modelo para os seres humanos. Segundo Bianca Sales, por todos os benefícios supracitados o estudo com o zebrafish abre perspectivas para novas investigações e é um modelo de grande relevância e promissor para se estudar os possíveis efeitos causados por químicos
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